sábado, 8 de agosto de 2015

Evidenciando Grenada, um paraíso!




Sabemos que o turismo de aventura é, a nível mundial, o que realmente movimenta o chamado trade atual. Como jornalista de turismo, escritor, ou simplesmente viajante, eu amo os destinos do Caribe e particularmente Grenada porque é um dos lugares mais bonitos do planeta e todo mundo é tão orgulhoso dele. Saint George, a capital da ilha, tem o mais belo porto no Caribe e atualmente existem muitos jornalistas e agitadores culturais envolvidos na tentativa de ter a zona histórica da cidade e as áreas fortificadas feito um património mundial da UNESCO. Afinal, é preciso preservar em vez de serem exploradas e arruinadas por edifícios cada vez mais horríveis que vão sendo construídos acima do nível do mar. Tenho amigos internacionais que têm visitado a Ilha anualmente por cerca de quinze anos e me garantiram que provavelmente devem ter mais amigos lá do que eu tenho na Grã-Bretanha, por exemplo.

Poucos sabem que a animada Ilha Spice é o destino perfeito para pesca, vela, caminhadas ou ciclismo em seu exuberante interior montanhoso. Todas as três ilhas principais (Grenada, Carriacou e Petite Martinique) oferecem praias fabulosas e mergulhos emocionantes. Mergulhos feitos entre tubarões, tartarugas e restos de um naufrágio próximo à costa. Os turistas podem descobrir frágeis corais e cavalos-marinhos próximos a Carriacou, a ilha mais povoada de Grenada. Festivais enchem de confete o calendário e restaurantes irresistíveis servem uma gastronomia exclusiva, com sabores crioulos, caribenhos e das Antilhas.




Como Honorário da “ACONBRAS – Associação dos Cônsules no Brasil” sempre discurso em minhas palestras e alocuções de turismo que Grenada é um país caribenho constituído pela ilha homônima e pela metade sul das ilhas Granadinas, das quais a maior é Carriacou. Tem fronteira marítima com São Vicente e Granadinas, a nordeste, e está também próxima de Trinidad e Tobago, a sueste, e da Venezuela, a sudoeste. A capital do país é Saint George's.

De origem vulcânica, Grenada é atravessada de norte a sul por uma cadeia de montanhas cujo ponto culminante está no monte Saint Catherine, de 840m de altitude. O Grande Estanque, no centro da ilha, é um lago que ocupa a cratera de vulcão extinto, a 530m de altitude. A costa norte tem muitas praias, e a do sul numerosas enseadas, que formam portos naturais. O clima, dada a latitude do país, 12°N, é tropical marítimo com duas estações: a úmida (junho-dezembro) e a seca (janeiro-maio). Com relativa frequência é atingida por ciclones que causam grandes danos à agricultura. As chuvas frequentes e intensas, e o solo fértil, de sedimentos vulcânicos, dão lugar a uma densa vegetação tropical, em que se destacam madeiras de lei, como o mogno. Bananeiras, coqueiros e mangueiras crescem em profusão. Entre as especiarias características da ilha estão a noz-moscada, o gengibre, a pimenta e a baunilha. A fauna inclui macacos, cutias, tartarugas e caranguejos terrestres.



Em Grenada os turistas aproveitam para caminhar bastante. A capital St Georges e a ilha como um todo foram duramente castigados pelo furacão Ivan em setembro de 2004 provocando 39 mortes. Os estragos deste furacão ainda hoje são vistos em prédios destelhados, igrejas destruídas e recordações do povo ainda muito duras. St Georges é uma bela capital que se "espraia" ao redor da baía de Carenage e é uma cidade muito bonita e pitoresca, além de ser na encosta de um morro. Especialmente para se conhecer a pé, aos poucos e tirando varias fotos e trocando informações com a população local. Mas, conhecer Anse Beach é um sonho, assim como mergulhar nessa linda praia. Lá após os banhos de mar, os turistas podem seguir a pé até a próxima praia, chamada Morne Rouge. Nela existe uma imensa quantidade de recifes. Praia linda, pouco movimento, areia grossa marrom clara e agua cristalina. Depois, podem continuar as caminhadas até outra praia, a aquarium beach. Todas estas praias são muito bonitas o que dá vontade de voltar. São em sua maioria com vegetação que vai quase até a água o que é excelente, pois não se precisa de guarda sol nem cadeira, uma toalha já está de bom grado, afinal o tipo de areia é daquelas que não grudam, semelhante à de rio.

Sobre a história de Grenada sabemos que por volta do século XV, os índios caribes expulsaram da ilha seus primitivos povoadores, os aruaques. Grenada foi descoberta em 15 de agosto de 1498 por Cristóvão Colombo, que lhe deu o nome de Concepción. Os espanhóis, porém, não tentaram colonizá-la: manteve-se em poder dos caribes por mais de um século e meio. Em 1650, o governador francês da Martinica fundou uma colônia em Saint George's e exterminou os índios caribes. Até 1762, a ilha permaneceu sob o domínio dos franceses, que importaram escravos negros para a plantação de cana-de-açúcar. Nesse ano a ilha passou a depender da coroa britânica, que a perdeu após um ataque francês em 17798 e a recuperou definitivamente em 1783, pelo Tratado de Versalhes.

Entre 1795 e 1796, ocorreu uma rebelião de escravos, fomentada pelos franceses e sufocada pelos britânicos. Em 1833 aboliu-se a escravidão. De 1885 a 1958, Grenada foi o centro administrativo das ilhas britânicas de Barlavento e de 1958 a 1962 membro da Federação Britânica das Índias Ocidentais. Cinco anos depois se tornou um dos Estados Associados das Antilhas Britânicas, com regime autônomo.




A 7 de fevereiro de 1974 transformou-se em estado independente. Em 1979, um golpe de Estado de inspiração marxista levou ao poder Maurice Bishop, que estreitou os laços com Cuba e a União Soviética. Uma cisão dentro do grupo governante desembocou na insurreição dirigida pelo general Hudson Austin em outubro de 1983, que deu lugar à execução de Bishop e à intervenção militar conjunta dos Estados Unidos e de países pertencentes à Organização dos Estados do Caribe Oriental. As tropas cubanas que haviam ajudado o regime anterior foram evacuadas. O Novo Partido Nacional, encabeçado por Herbert Blaize, ganharia as eleições de 1984 e, ano seguinte, os Estados Unidos retiraram suas tropas.

Os colonos franceses de Grenada também trouxeram a sua cultura, como fizeram os escravos africanos, eles trouxeram através do Atlântico para o trabalho agrícola. A combinação dessas culturas é o que se encontrará nesta ilha. Os indígenas também influíram na cultura da ilha nos últimos anos.

Mais importante ainda, muitos descendentes dos primeiros africanos grenadianos ter mantido os seus próprios conhecimentos tribais. Muitos grenadianos estão conscientes da tribo da qual vieram os seus antepassados, e os seus estilos de dança foram mantidos em todas as partes da ilha.




Existe a Embaixada Brasileira em Granada, cujo Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário é o Sr. Ricardo André Vieira Diniz. Essa embaixada foi criada em 2009, durante o segundo mandato do ex-presidente Lula, mas se consolidou efetivamente em 2011. A mesma está instalada em uma linda casa no alto de uma montanha e com uma vista privilegiada para o mar do Caribe. Na parte de baixo do imóvel funciona a embaixada, e, no andar superior, está a residência do embaixador, que é formado em física e filosofia pela The American University e com mestrado em economia, concluído no ano de 1982. Está no Itamaraty desde 1986 e já atuou em representações brasileiras em Islamabade, em Kuala Lumpur e em Roma, como secretário. Foi cônsul geral adjunto em Miami e conselheiro em Montevidéu, tendo atuado como Ministro de Segunda Classe da Carreira de Diplomata do Quadro Permanente do Ministério das Relações Exteriores. Desenvolve um belo trabalho de difusão de Grenada, entretanto, em reportagens, o embaixador confirmou a ausência ainda de comércio significativo entre os dois países.

Atualmente, não existe representação diplomática portuguesa permanente de Grenada. Os assuntos relacionados com esse país são acompanhados pela Embaixada de Portugal em Caracas. Para os assuntos consulares deverá sempre ser consultado o Consulado Geral de Portugal em Caracas.




Sabemos que a ilha de Grenada exige visto para brasileiros. Porém vindo de navio o visto não é necessário, pois a permanência no território neste caso é inferior a 8 horas. Além disso, é uma ilha mais miscigenada com a presença de brancos, negros e mulatos já mais misturados. A maior parte da população da ilha é formada por brancos (51%). São de origem inglesa, portuguesa, suíça, russa, islandesa e australiana. A imigração teve início com a independência da ilha. Vieram trabalhar nas plantações e na construção de ferrovias. Também possui muitos negros (45%), a maioria vindas da Etiópia e de Ruanda. Vieram para cá como escravos, apesar de muitos africanos ainda imigrarem. A ilha ainda possui imigrantes marroquinos, egípcios, cubanos, sumérios, javaneses e argentinos. E assim, formam uma população mais diversificada do Caribe.

Grenada também é conhecida por ser a ilha das especiarias e especialmente por produzir o que eles chamam de nutmeg, que para nós é a noz moscada. O cheiro da plantação é delicioso, sobretudo das cooperativas que fazem o manejo pós-colheita do fruto e do caroço que é a noz moscada.

No Brasil, Grenada, assim como outros países do Caribe, é bem representada pela atuação do empresário e articulador Paulo Almeida Sant’anna, que além de presidir a CARICOM (Caribbean Community), que é a Câmara Oficial de Comércio Exterior Brasil Comunidade e Mercado Comum do Caribe, sediada no Rio de Janeiro, ainda preside o Conselho Nacional das Câmaras de Comércio Exterior da República Federativa do Brasil, sendo responsável pela formação de Cônsules e implantações de Câmaras de Comércio.

Mas, como profissionais de turismo, infelizmente ainda reconhecemos que o turismo brasileiro em Granada é insignificante e que não há muitos brasileiros atualmente no país, além dos acompanhantes de funcionários da embaixada. Nós, membros da ACONBRAS e do trade jornalístico de turismo torcemos para que seja implantando novidades como a sugestão de um curso para mostrar os principais polos turísticos aos interessados e formadores de opinião, seja sobre Grenadas ou sua região. Afinal, como costumo repetir, o Caribe, está logo ali! Então, vamos conhecer Grenada (ou Granada) esse lindo país caribenho constituído pela ilha homónima e pela metade sul das ilhas Granadinas, das quais a maior é Carriacou.

Serviços e maiores informações: 

Embassy of the Federative Republic of Brazil
His Excellency Ricardo Andre Vieira Diniz - Ambassador Extraordinary
Mount Cinnamon Hill, Morne Rouge
P.O. Box 1226
Grand Anse
St. George – Grenada (West Indies)
Tel: (1 473) 439-7162/ 7163 Fax: (1 473) 439 7165


COMO CHEGAR LÁ?

Air Canada- Toronto-Pearson
Air Jamaica - Nova Iorque-JFK
Air Transat - Toronto-Pearson
American Airlines - Miami
American Eagle- San Juan
British Airways - Antigua, Londres-Gatwick
Condor Airlines - Frankfurt, Porlamar
Conviasa- Porlamar
LIAT - Barbados, Canouan, St Lucia, St Vincent, Tobago, Trinidad
Monarch Airlines - London-Gatwick, Tobago
Skyservice - Toronto-Pearson
SVG Air - Canouan, Carriacou, Union Island
Virgin Atlantic - Londres-Gatwick, Tobago






Thiago de Menezes é escritor e jornalista especializado em turismo e credenciado pela EMBRATUR. Membro da AIERJ – Associação de Imprensa do Estado do Rio de Janeiro (Fundada em 1960) e ACONBRAS – Associação dos Cônsules no Brasil. Adido Cultural e Ex-Conselheiro Consular da República do Suriname.




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