sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Há Turismo na Guiné-Bissau


Há Turismo na Guiné-Bissau


Por Thiago de Menezes*



A Guiné-Bissau, oficialmente República da Guiné-Bissau, que foi a primeira colônia portuguesa no continente africano a ter a independência reconhecida por Portugal, é um país da África Ocidental que faz fronteira com o Senegal ao norte, Guiné ao sul e ao leste e com o Oceano Atlântico a oeste. O território guineense abrange 36.125 quilômetros quadrados de área, com uma população estimada de mais de 1,6 milhão de pessoas.




Historicamente a Guiné-Bissau fazia parte do Reino de Gabu, bem como parte do Império Mali. Partes deste reino persistiram até o século XVIII, enquanto algumas outras estavam sob domínio do Império Português desde o século XVI. No século XIX, a região foi colonizada e passou a ser referida Guiné Portuguesa. Após a independência, declarada em 1973 e reconhecida em 1974, o nome de sua capital, Bissau, foi adicionada ao nome do país para evitar confusão com a Guiné (a antiga Guiné Francesa).

Há sim muito turismo a ser explorado e divulgado no país. A Guiné-Bissau tem belas praias, antigas tradições culturais, patrimônio histórico da época da Guiné Portuguesa e opções excelentes de ecoturismo, principalmente no Arquipélago de Bijagós, que é composto por 88 ilhas e ilhéus, localizadas na costa do Oceano Atlântico da Guiné-Bissau, separado do continente pelos canais do Geba, Pedro Álvares, Bolama e Canhabaque. As principais ilhas são Ganogo, Bubaque, Meneg, Orangozinho, Sogá, Orango, Uno, Uracane, Rubane, Eguba, Canhabaque, Formosa, Ponta, Maio, Caravela, Caraxe, Unhocomo, Unhocomozinho e Galinhas. No século 15, essas ilhas eram habitadas pelo povo bijagós. Os europeus começaram a habitá-las no século 18. Os ingleses estabeleceram-se na ilha de Bolama, em 1792, mas a abandonaram depois de cerca de 17 anos, por causa dos muitos ataques dos nativos. Em 1870, os portugueses tomaram posse das ilhas. Os bijagós ainda habitam algumas ilhas do arquipélago. Desde 1996, o Arquipélago está na lista da Unesco como reserva da biosfera. Possui grande diversidade de flora e fauna, incluindo espécies raras de hipopótamos e crocodilos, com a predominância da floresta do mangue, e fauna, pois é rodeado de águas calmas, povoado também por macacos, aves pernaltas, tartarugas marinhas, lontras, peixes, moluscos e mariscos e ainda espécies raras de hipopótamos e crocodilos, em um mar que ainda não sabe o que é a poluição.




O País também tem alguns parques nacionais, em áreas protegidas. Nas florestas e savanas arborizadas do país podem ainda encontrar-se variadas espécies de grandes mamíferos como o leão, a hiena, o búfalo, o porco do mato e muitas espécies de gazelas e antílopes, bem como grande variedade de primatas, entre os quais babuínos. Já no século XVI André Álvares d'Almada dera destaque à grande bio-diversidade, que assinalava o país de variadas formas: «Muitas gazelas, elefantes, leões, onças e outros muitos animais»; «galinhas pintadas e outras aves. Nos rios andam garças reais, pelicanos, patos, marrecas e outras aves marinhas”. Curiosa era a descrição dos hipopótamos: «Há muitos cavalos marinhos, têm a feição do corpo como de boi e o corpo maior que de um cavalo, as mãos curtas e as unhas fendidas, a cabeça curta e os dentes grandes. Parem dentro dos rios debaixo de água, e onde está alguma parida correm risco as embarcações pequenas». Os portugueses descobriram lá, pela primeira vez, o hipopótamo, sob a forma de uma variedade muito especial e única, adaptada à água salgada! Pode ser avistado nas ilhas Bijagós.

O litoral da Guiné é caracterizado por uma plataforma continental ampla, sobre a qual assenta um arquipélago composto por quase uma centena de ilhas e por inúmeros sistemas estuarinos de uma fecundidade extrema: cobertos por extensos tarrafes, permitem que os recursos em peixes, crustáceos e moluscos se renovem de uma forma eficaz, num eco-sistema alimentando numerosas populações de tubarões, manatins-africanos, de golfinhos e roazes. Nas praias Bijagós desovam regularmente quatro espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas, como a tartaruga-verde.



Poucos sabem, mas a Guiné-Bissau possui um património cultural bastante rico e diversificado. As diferenças étnicas e linguísticas produziram grande variedade a nível da dança, da expressão artística, das profissões, da tradição musical, das manifestações culturais. A dança é, contudo, uma verdadeira expressão artística dos diversos grupos étnicos. Os povos animistas caracterizam-se pelas belas e coloridas coreografias, fantásticas manifestações culturais que podem ser observadas correntemente por ocasião das colheitas, dos casamentos, dos funerais, das cerimónias de iniciação. O estilo musical mais importante é o gumbé. O Carnaval guineense, completamente original, com características próprias, tem evoluído bastante, constituindo uma das maiores manifestações culturais do País. Na literatura, ainda considerada incipiente, destacam-se os nomes de Abdulai Silla, autor do primeiro romance de Guiné-Bissau, e Marinho de Pina.




Como o turismo em Guiné-Bissau vem surgindo com importância recente, as autoridades guineenses puseram em curso, com a ajuda do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), projetos de desenvolvimento de infraestruturas e de atividades geradoras de rendimento para a população para assegurar a gestão desses espaços e planear novas reservas naturais. Interessante ressaltar que, para divulgar o turismo daquele país africano, ocorreu em fevereiro de 2016 o lançamento oficial do guia turístico "À descoberta da Guiné Bissau", uma publicação financiada pela União Europeia e realizada pela ONG portuguesa Afectos com Letras, e com o apoio do Ministério do Turismo e do Artesanato da Guiné-Bissau. Já o Ministério do Turismo e do Artesanato, sob direta dependência do gabinete do Primeiro-ministro, é o departamento governamental responsável pelo Turismo no país.



E a República da Guiné-Bissau, cujo lema é "Unidade, Luta, Progresso", foi muito bem representada no Brasil durante muitos anos através da profícua atuação do cônsul honorário Tcherno Ndjai, então o único representante diplomático no Brasil, que atuava perante o Consulado Honorário da Guiné-Bissau em Campinas, que foi a única representação oficial do país no Brasil por muitos anos. Sabemos que o Brasil reconheceu a independência da República da Guiné-Bissau em 1974, tendo sido o primeiro país fora do então bloco socialista a fazê-lo. A Embaixada do Brasil em Bissau foi aberta naquele mesmo ano. A Embaixada da Guiné-Bissau em Brasília foi inaugurada em 2011. A Guiné-Bissau é um parceiro importante do Brasil na África, havendo importantes projetos de cooperação técnica bilateral e no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Em 1978 assinou-se o Acordo de Cooperação Técnica entre Brasil e Guiné-Bissau. Atualmente ainda é verificada a atuação e o empreendedorismo do cônsul de Guiné Bissau, Sr Luiz Douglas Ferreira (foto abaixo, ao centro com autoridades africanas), que coordena muitas ações culturais, sociais e de turismo em alguns estados brasileiros à essa nação que participa de organizações internacionais importantes como ONU (Organização das Nações Unidas), FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial, OMC (Organização Mundial do Comércio) e UA (União Africana).




Já o rico e pouco conhecido turismo guineense tem que ser explorado, difundido, assim como as tradições culturais e históricas do país devem ser preservadas. Esse é o intento de pessoas ligadas ao turismo e as relações internacionais da Guiné Bissau não somente com o Brasil, mas também com os países de língua portuguesa e demais.


(Fotos: Divulgação / Reprodução)



Thiago de Menezes*: Escritor e jornalista de turismo e consular. Adido de Imprensa da ACONBRAS – Associação dos Cônsules Honorários no Brasil. Presidente da FALASP – Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo e ex-Agente Consular do Consulado Honorário da República da Guiné Bissau.



domingo, 4 de setembro de 2016


HAWAII, O PARAÍSO NO MEIO DO PACÍFICO


Por Thiago de Menezes*



Estado de origem do atual presidente dos EUA, Barack Obama, o Hawaii tem um povo alegre e bastante receptivo. É o destino certo para quem procura paisagens de tirar o fôlego ou grandes aventuras. Sua economia está baseada primariamente no turismo. O arquipélago que forma o Hawaíí está localizado no meio do Oceano Pacífico, pertence aos EUA e é conhecido historicamente pelo nome de Ilhas Sanduíche ("Sandwich Islands"). Sua capital é Honolulu, que está a mais de 3100 km de qualquer outro estado americano.




O país está em um local que a geologia chama de “ponto quente” – pontos de anomalia termal no interior da Terra, responsáveis pelo vulcanismo que acontece no interior de placas tectônicas. Todas as ilhas do Hawaií foram formadas por vulcões e o território aumenta de extensão a cada dia por causa das constantes erupções. Cinco vulcões moldaram a ilha: Kohala (hoje extinto); Mauna Kea (em repouso); Hualalai (em repouso); Mauna Loa (ativo); Kilauea (plenamente ativo) – este último, localizado no Parque Nacional dos Vulcões, é considerado o vulcão mais ativo do mundo. O Hawaíí é também muito famoso por seus arco-íris. Tão famoso que as placas dos carros tem um arco-íris desenhado. Isso se deve por causa das chuvas esporádicas e do sol. E quando se tem sol e chuva você já sabe né? Não, não dá casamento de viúva e sim Arco-íris! O ponto mais chuvoso do mundo é o Monte Waialeale, na ilha de Kauai, onde chove 300 dias por ano.




Sabemos que o ‘hula-hula’ não é apenas uma dança, mas um estilo de vida baseado em tradições e religiões ancestrais. Os cantos e variedades de ritmo fazem alusão à natureza. Cada movimento remete a um elemento natural – desde montanhas até ondas do mar – e também às emoções humanas, como amor e raiva. Hoje, existem pelo menos três tipos de hula: o mais antigo, o mais moderno e a mescla dos dois. A música havaiana nativa que embala as danças típicas como a Hula vem acompanhada dos riffs de guitarra havaiana, sendo que as músicas havaianas costumam fazer parte dos filmes dos estúdios americanos que se passam em terras havaianas. As tatuagens facias dos homens que praticam a Hula em muitos luaus são chamadas de Moko. Elas simbolizam a genealogia e identidade pessoal de cada praticante. Apesar disso, o Hawaíí é muito mais do que o surf e o hula-hula. É um local de natureza exuberante e cheio de recantos escondidos que muitas vezes não são tão divulgados quanto as famosas ondas e os grandes campeonatos de surf. Não por acaso o Hawaíí é a ‘Meca dos surfistas’ com suas ondas gigantes que atraem surfistas profissionais, amadores e amantes do esporte de todas as partes do mundo.

A primeira grande curiosidade sobre o Hawaii é o termo usado hoje como saudação ou despedida. Originalmente, aloha era usada exclusivamente como uma demonstração de afeto, mas ao longo dos anos tornou-se o nosso “olá” e “tchau”. De qualquer forma, a essência da palavra demonstra algumas características do povo havaiano, como a amizade, hospitalidade e cordialidade. E a segunda curiosidade sobre o Hawaii é que o colar de flores no pescoço, visto em filmes e desenhos animados, realmente existe e é um símbolo que expressa cordialidade e receptividade. Grupos de excursão certamente vão dar o colar aos turistas, mas a tradição diz que o objeto seja dado por alguém que o conheça. O povo nativo espera que o colar seja usado frequentemente, e não seja guardado no armário como lembrança. Há diversos tipos de colares e cada um tem um significado diferente.

Já o Luau é um evento sempre relacionado ao Hawaii. Hoje considerado um acontecimento puramente turístico (não deixe de viajar sem presenciar essa festa!), já sofreu muitas reformulações desde suas antigas origens, da época dos viajantes Polinésios. Hoje, quando usamos a palavra “Luau”, remetemos às imagens de comida abundante, shows com fogo e a dança Hula. Entretanto, a palavra originalmente se referia a um prato servido numa festa em Kauai: uma combinação de folhas de Taro (também chamada de Inhame dos Açores) e frango cozido em leite de coco. Então, quando presenciar um Luau Havaiano, lembre-se de não estar apenas presente em um, como também estará comendo um Luau.



O Hawaíí tem duas línguas oficiais: o inglês norte-americano e também o havaiano. Na prática, especialmente nas regiões centrais, todos falam em inglês, mas com pitadas de sotaque havaiano. Existem também várias expressões e gírias locais provenientes dos povos polinésios que se misturam ao inglês. Em regiões mais afastadas, as famílias tradicionais costumam usar somente o havaiano, que tem, inclusive, um alfabeto próprio chamado ka pī‘āpā Hawai‘i, que é uma variedade do alfabeto latino criada no século XIX e utilizada para escrever na língua havaiana. Este alfabeto consiste de 12 letras e um símbolo, o que o torna um dos menores alfabetos do mundo.

Apesar da população ser formada pela miscigenação de polinésios, japoneses, chineses e filipinos principalmente, a cultura norte-americana realmente impera. Pelas ruas e estradas, muitos Wallmarts, Mc Donald’s, Subways e Macy’s. Mas é inegável que existe um ritmo de vida diferente, calmo e tranquilo. Não só pelas praias, mas também por se tratar de uma população geograficamente afastada dos outros estados.




Saindo do Brasil, não existem voos diretos para Honolulu, principal ponto turístico, e por isso o mais indicado é escolher um voo direto para os Estados Unidos, como para Los Angeles, passar a noite e então pegar um voo direto para Honolulu, garantindo seu conforto. Ao chegar em Honolulu, você terá acesso facilitado a todas as ilhas. Assim, você pode se hospedar em Oahu, que é onde fica Honolulu ou em Kauai, Big Island, Maui ou Molokai. Essa escolha, entretanto, dependerá dos seus objetivos: se quiser mais conforto, fique em Oahu; se quiser fazer trilhas, vá para Kauai; se quiser paisagens de tirar o fôlego, escolha Big Island. Qualquer que seja sua escolha, entretanto, é fundamental alugar um carro para ter maior mobilidade na ilha.

O Hawaíí é bem representado no Brasil pela presença e atuação do Cônsul General Honorary sr. José Marcelo dos Santos Tito, conhecido como Marcelo Caverna nos meios de turismo e consulares. Ele dignifica o The Hawaiian Kingdom Government (Ke Aupuni o Hawai'i Nationals) de março de 2014 – até o momento. Entretanto, sua experiência esteve presente em outros países e funções diplomáticas e comerciais, como Asessor de Imprensa das Missões Diplomáticas do Consulado da Costa do Marfim (Côte D'Ivoire) em São Paulo, chefiada pelo Exmo. Cônsul Tibe Bi Gole Blaise entre agosto de 2009 a setembro de 2013. Membro da ACONBRAS - Associação dos Cônsules no Brasil // the Association of Consuls in Brazil // Corpo Consular Brasileiro, desde Setembro de 2011 e coordena a Brazilian Cultural Center of Hawaii Brazil-Hawaii Chamber of Commerce. Pelos seus serviços diplomáticos recebeu diversas condecorações, entre elas, a Medalha de Ouro "O Pacificador da ONU Sergio Vieira de Mello oferecida pelo Parlamento Internacional para a Segurança e Paz Mundial.



Reconhecimento Oficial do Governo Re-Estabilizado por um Conselho de Ministros, The Hawaiian Kingdom fundado em 1810 por Kamehameha Akahi, Uma Nação Soberana de Acordo com a Convenção de Montevideo de 1933: Dr. NILTON BARBOSA, Senador e Conselheiro Diplomático, Magistrado do Tribunal da Corte Suprema de Justiça para a Proteção da Vida (Parlamento Mundial para Segurança e Paz) & Cônsul MARCELO CAVERNA, Nomeado pelo o Senhor Leon Siu, Ministro das Relações Exteriores e para representar oficialmente as missões diplomáticas da Nação Soberana The Hawaiian Kingdom e sua população nativa.


Apesar da proximidade geográfica com os Estados Unidos da América, o Hawaíí é outro mundo e merece ser visitado. No meio do Oceano Pacifico, onde a cultura é fortemente influenciada pelos asiáticos (devido ao número de imigrantes vindos do Japão, Coreia, China e Filipinas), pelos polinésios (das Fidji, Taiti) e pela tecnologia americana, nasce um ambiente multicultural único.

Maiores informações sobre o Hawaíí:

http://www.hawaiiankingdom.org/
http://www.hawaiiankingdom.net/


*Thiago de Menezes é jornalista de turismo e consular. Membro da ACONBRAS – Associação dos Cônsules Honorários no Brasil. E-mail: menezes.turismo@gmail.com






quinta-feira, 1 de setembro de 2016


"Dia do cônsul" é comemorado em São Paulo






Por iniciativa do deputado estadual Edmir Chedid (DEM), e convocada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Fernando Capez, foi realizada na segunda-feira, 29 de agosto, memorável sessão solene comemorativa ao “Dia do Cônsul”




O deputado estadual Jooji Hato (PMDB) fez as honras da casa recebendo os cônsules de diversos países em São Paulo e presidindo a mesa, que contou com a presença do presidente da Associação dos Cônsules Honorários no Brasil - ACONBRAS cônsul honorário do Chile em Campinas, Luis Fernando del Vale (foto acima), e da Cônsul Geral da República de Malta e vice-presidente da ACONBRAS, Fiorella Baggio.


Cônsules de Portugal, São Vicente e Granadinas, Angola e Hungria


Cônsules de Israel, São Cristovão e Neves, Malta, Myanmar e Gabão


Cônsules do Hawaii com autoridades diplomáticas e consulares



Primeira a falar no evento, Fiorella Baggio emocionou-se ao falar de seu pai, o saudoso Cônsul de Malta Ítalo Baggio, um dos fundadores da entidade em 1984 e agradeceu a acolhida da Assembleia Legislativa ao Dia do Cônsul, em especial aos deputados Capez, Chedid e Hato. Houve uma apresentação de um vídeo institucional com fotos de comemorações de outros aniversários da data e, em seguida, o presidente da ACONBRAS ocupou a tribuna para saudar os cônsules e às autoridades presentes e discorreu sobre a importância desses representantes de seus países em terras estrangeiras, no caso, São Paulo. Luis Fernando del Vale também agradeceu à ALESP pela acolhida e fez um histórico do cargo que ocupa, bem como da associação que preside. Para encerrar aconteceu um coquetel com a presença do Corpo Consular (Geral e Honorário), mais Adidos Consulares, Agentes e Conselheiros, assim como outras autoridades.



Cônsules Diretores e secretária geral da ACONBRAS



Cônsules da Namíbia, Chipre e Rússia


(Fotos: ACONBRAS)



BENIN, uma aventura!

Por Thiago de Menezes *





A República do BENIN é cheia de atrações turísticas naturais, ricas e diversificadas que cobrem o território nacional inteiro. Esta despretensiosa reportagem procura levar o leitor ou turista a descobrir ou se aprofundar seus conhecimentos sobre a República do BENIN, um país de charme situado no Oeste da África que possui fortes laços históricos com o Brasil e outros países da América. Oficialmente República do Benim (em francês: République du Bénin), é um país da região ocidental da África limitado a norte pelo Burkina Faso e pelo Níger, a leste pela Nigéria, a sul pela Enseada do Benim e a oeste pelo Togo. Dizem que Benin é o berço do vudum e, portanto, do candomblé.
Antiga colónia francesa, o país alcançou independência em 1960, com o nome de República de Daomé. Em 1975 o país adotou o atual nome de Benim, em razão de o país ser banhado a sul pela Baía de Benim. No país, o turista estrangeiro encontra em uma área reduzida tudo o que oferece a África turística: praias de coqueiros na areia fina, rios cheios de peixes, vilarejos lacustres suspensos em pilares, museus históricos e etnográficos, habitações suspensas nas encostas nuas de colinas, fortalezas em miniatura, cavaleiros intrépidos, fauna e flora abundantes e diversificadas, parques nacionais e reservas, folclore e arte vivos, clima sadio e agradável, hospitalidade legendária... Os turistas podem conhecer as habitações do povo tammari, no Departamento de Atakora, no norte de Benin. São casas fortificadas de dois pavimentos, chamadas de tata somba. Além dos parques com muitos animais, os turistas podem se encantar com a Grande Mesquita de Porto Novo, a capital do país, que tem uma arquitetura inspirada nas igrejas de Salvador, na Bahia.




A sede do Governo fica em Cotonou, a maior cidade. A língua oficial é o francês. São 10 milhões de habitantes (2015). O Benin possui muito da cultura brasileira, pois muitos daqueles escravizados no Brasil, retornaram para sua terra africana.  E os turistas brasileiros, por exemplo, podem perceber que há uma grande conexão do país com a Bahia. Não apenas muitos nativos de Benin foram vendidos como escravos pelos seus inimigos e levados à Bahia, mas também alguns deles conseguiram se liberar, ganhar dinheiro e voltar bem a Benin. Cerca de 500 edificações construídas por ex-escravos retornados do Brasil podem ser encontradas na capital do Benin, apesar das dificuldades de conservação. Há também outras manifestações culturais que ainda sobrevivem.




É uma terra com um povo alegre. Uma das características mais surpreendentes dos benineses é o gosto pelas roupas chamativas. A maioria veste ternos – homens – ou vestidos – mulheres – de tecidos bem originais, combinados com sapatos e acessórios ocidentais que dão um look bem especial às ruas do país. As crianças, mais ocidentalizadas, vestem camisetas – falsetas, evidentemente – de times de futebol europeu, especialmente do ubíquo Barcelona.




Há muita luta para se preservar a cultura lusófona agudá ou afro-brasileira, como também é conhecida e que pertencem aos agudás, que são um dos 40 grupos étnicos que convivem no país da costa da África Ocidental, onde são faladas 27 línguas e dialetos. A etnia, que compõe cinco por cento da população do Benin, é formada pelos descendentes dos escravos que regressaram do Brasil no século XIX, após conseguirem a liberdade, para recomeçar a vida na África. Além dos antigos escravos, também fazem parte deste grupo étnico os descendentes de portugueses e brasileiros e dos traficantes de escravos que residiam na costa do Benin, uma das principais saídas de navios negreiros para as Américas. A região, onde hoje se encontram também Togo e Nigéria, era conhecida na época como Costa dos Escravos.



Acredita-se que vudun (ou "voodoo", como é vulgarmente conhecido nos Estados Unidos) tem origem no Benim e foi introduzido nas ilhas do Caribe e em partes da América do Norte por escravos tomados desta área específica da Costa dos Escravos. A religião indígena é praticada por cerca de 60% da população. Desde 1992 o vudun tem sido reconhecido como uma das religiões oficiais do país e é comemorado em 10 de janeiro, como um feriado nacional, o Dia Nacional do Vudun.
É, na verdade, um país muito pobre, mas esse fato faz com que os contrastes com nossa vida ‘normal’ dos turistas e ‘viajeiros de plantão’ sejam um pouco chocantes. Por este e outros motivos, muitos deles deixam Benin com a impressão de terem passado pela experiência mais marcante de suas vidas. Entretanto há muito o que ver e fazer por lá: A maioria dos turistas estrangeiros inicia sua visita no BENIN a partir de Cotonou, a capital econômica onde se encontra o aeroporto internacional e de onde pode ser organizada com facilidade deslocamentos em direção ao interior do BENIN. Os turistas apreciam as vezes os restaurantes, os mercados e a vida noturna em Cotonou.

Muito perto de Cotonou, com a que divide o lago, fica a incrível Ganvié, uma cidade construída sobre a água. Porém, o paralelismo com Veneza para por aí. As casas, de madeira bastante precária, ficam em pé quase de milagre. 90% das pessoas vivem da pesca no lago, que deve criar os peixes mais resistentes à sujeira do mundo, porque na viagem de Cotonou a Ganvié você não deixar de ver todo tipo de lixo jogado no lago. Na cidade flutuante pode se observar meninos e meninas pouco maiores do que um bebê remando e pescando na pirogue.  É um povo muito forte em vários sentidos!




O Futebol é um dos esportes mais populares do mundo, e é muito apreciado no Benim. Os principais campeonatos de futebol disputados no país são: o Campeonato Beninense de Futebol e a Copa do Benim de Futebol. Mas apesar da prática no país, os principais jogadores desse esporte jogam em equipes estrangeiras. Fato esse comprovado pela lista de atletas convocados para atuar pela seleção do país, onde raramente encontra-se nomes de atletas que atuam no país.




 A cooperação atual entre Brasil e Benim abrange iniciativas em cultura, saúde, educação, agricultura e esporte. Em 1960, o Brasil reconheceu a independência do Daomé e, em 1961, foram estabelecidas relações diplomáticas. Apesar da ligação histórica entre os dois países, originada à época do tráfico negreiro, as relações bilaterais se intensificariam na primeira década dos anos 2000. A Embaixada do Brasil em Cotonou foi inaugurada em 2006, quando da visita do então Presidente Lula ao Benim. Nesse mesmo ano abriu-se a Embaixada do Benim em Brasília.




Pessoa estimada dentro do mundo empresarial do Rio de Janeiro, o empresário Cesar Augusto Maia, Cônsul Honorário do Benin, teve participação bastante efetiva nessas relações: há alguns anos, ajudou a Petrobras a comprar 50% do bloco de petróleo do país africano. Também levaram empresas de ônibus para investir em transporte público lá. Maia se dedica ao consulado, desde 2007 na Associação Comercial do Rio, durante dois dias na semana (o Benin possui um segundo consulado honorário, em Salvador, Bahia), além de ser Diretor Presidente do Instituto Latino Americano para o Desenvolvimento Cultural, Social e Econômico e da Câmara de Comércio Brasil-Benin. A Casa do Benin, situada em Salvador, é um dos mais importantes espaços de propagação da cultura afro na Bahia e no Brasil. O lugar costuma receber exposições temporárias de artistas locais e é vinculado à Fundação Gregório de Matos (FGM). Vale a pena conhecer assim como se aventurar pelo Benin!



Serviço:

Embaixada do Benin no Brasil (Inaugurada na quarta – feira, dia 15 de agosto de 2007 pelos Presidentes da República do BENIN e da República Federativa do Brasil, Seus Excelentíssimos Doutor Boni YAYI e Senhor Luiz Inácio Lula da Silva)

SHIS QI 09 Conjunto 11 Casa 24 - Lago Sul - CEP: 71625-110 - Brasília / DF

A Embaixada do BENIN em Brasília funciona de segunda-feira à sexta-feira: das 09:00 às 12:30 e das 13:30 às 17:00
Telefones: 61-3263.2136 / 61-3263.2183 / Fax: 61-3263.0739

E-mail: ambabeninbrasilia@yahoo.fr

Consulado Honorário do Benim no Rio de Janeiro

consulado.rj@benin.org.br

Endereço: Rua da Candelária, 9, GR 803 – Centro - CEP 20091-020 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2253-2261 / Fax: (21) 2263-2585




Thiago de Menezes: Escritor e jornalista de turismo e consular. Presidente da FALASP – Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo. Membro da ACONBRAS – Associação dos Cônsules Honorários no Brasil e diretor da AIERJ – Associação de Imprensa do Estado do Rio de Janeiro. 


Contato: menezes.turismo@gmail.com


No papel de promover as relações bilaterais do Brasil com os EUA através do estado do Texas; a Câmara Texana de Comércio no Brasil lança o Workshop:

Como iniciar sua empresa nos Estados Unidos

Data: 29/10 a 05/11 de 2016

Local: San Antônio, Texas


• Saiba como planejar a melhor estratégia para iniciar seus negócios no mercado americano;
• Conheça os requisitos legais e tributários para começar a operação;
• Evento totalmente prático em que os participantes poderão interagir com os palestrantes, e agendar atendimentos, mediante as condições de cada profissional;
• Parceria com a University of Texas in San Antonio - UTSA;
• Participação no evento International Business Forum, da Free Trade Alliance.

Condições de participação e mais informações por meio do email: 

contato@betchamber.org

ou pelo telefone: 55 (21) 3736-3873

* Vagas Limitadas. Mediante a adesão dos requisitos dos organizadores.
Evento organizado pela Câmara Texana de Comércio no Brasil em parceria com a UTSA, em San Antonio, TX.

Sobre San Antonio, no Texas, essa cidade deve o seu nome a Santo António, pois uma expedição espanhola encontrou uma vila de índios no dia 13 de Junho, o dia de Santo António no calendário de santos. Também foi construído na cidade o Alamo, local de resistência dos texanos na sua luta pela independência perante o México.

A Câmara Texana de Comércio no Brasil, tem por objetivo promover a relação comercial de seus associados brasileiros no estado do Texas e reciprocamente de seus associados norte americanos no Brasil.

É o canal institucional para fomentar o intercâmbio de processos industriais, comerciais e de serviços entre seus associados, assessorar o estabelecimento comercial de associados brasileiros no estado do Texas e de associados norte americanos no Brasil, através de consultoria fiscal e mercadológica, além de intensificar o intercâmbio econômico, social, educacional e cultural entre os Estados Unidos da América do Norte e o Brasil.


A Câmara Texana de Comércio no Brasil ainda tem como missão fomentar negócios e atividades empresariais; assim como estimular o networking entre os associados por meio de produtos e serviços que agregam valor aos negócios.



O presidente da Câmara Texana de Comércio no Brasil, empresáriMax Paul sendo homenageado em julho de 2016 pelo escritor e jornalista de turismo e consular Thiago de Menezes, chanceler do ICFU - Instituto Cultural da Fraternidade Universal, com a Honraria TIRADENTES, patrono da entidade.




Thiago de Menezes: Escritor e jornalista de turismo e consular. Presidente da FALASP – Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo. Membro da ACONBRAS – Associação dos Cônsules Honorários no Brasil e diretor da AIERJ – Associação de Imprensa do Estado do Rio de Janeiro.  

Contato: menezes.turismo@gmail.com