BENIN, uma aventura!
Por Thiago
de Menezes *
A República do BENIN é
cheia de atrações turísticas naturais, ricas e diversificadas que cobrem o
território nacional inteiro. Esta despretensiosa reportagem procura levar o
leitor ou turista a descobrir ou se aprofundar seus conhecimentos sobre a
República do BENIN, um país de charme situado no Oeste da África que possui
fortes laços históricos com o Brasil e outros países da América. Oficialmente
República do Benim (em francês: République du Bénin), é um país da região
ocidental da África limitado a norte pelo Burkina Faso e pelo Níger, a leste
pela Nigéria, a sul pela Enseada do Benim e a oeste pelo Togo. Dizem que Benin
é o berço do vudum e, portanto, do candomblé.
Antiga colónia
francesa, o país alcançou independência em 1960, com o nome de República de
Daomé. Em 1975 o país adotou o atual nome de Benim, em razão de o país ser
banhado a sul pela Baía de Benim. No país, o turista estrangeiro encontra em
uma área reduzida tudo o que oferece a África turística: praias de coqueiros na
areia fina, rios cheios de peixes, vilarejos lacustres suspensos em pilares,
museus históricos e etnográficos, habitações suspensas nas encostas nuas de
colinas, fortalezas em miniatura, cavaleiros intrépidos, fauna e flora abundantes
e diversificadas, parques nacionais e reservas, folclore e arte vivos, clima
sadio e agradável, hospitalidade legendária... Os turistas podem conhecer as
habitações do povo tammari, no Departamento de Atakora, no norte de Benin. São
casas fortificadas de dois pavimentos, chamadas de tata somba. Além dos parques
com muitos animais, os turistas podem se encantar com a Grande Mesquita de
Porto Novo, a capital do país, que tem uma arquitetura inspirada nas igrejas de
Salvador, na Bahia.
A sede do Governo fica
em Cotonou, a maior cidade. A língua oficial é o francês. São 10 milhões de
habitantes (2015). O Benin possui muito da cultura brasileira, pois muitos
daqueles escravizados no Brasil, retornaram para sua terra africana. E os turistas brasileiros, por exemplo, podem
perceber que há uma grande conexão do país com a Bahia. Não apenas muitos
nativos de Benin foram vendidos como escravos pelos seus inimigos e levados à
Bahia, mas também alguns deles conseguiram se liberar, ganhar dinheiro e voltar
bem a Benin. Cerca de 500 edificações construídas por ex-escravos retornados do
Brasil podem ser encontradas na capital do Benin, apesar das dificuldades de
conservação. Há também outras manifestações culturais que ainda sobrevivem.
É uma terra com um povo
alegre. Uma das características mais surpreendentes dos benineses é o gosto
pelas roupas chamativas. A maioria veste ternos – homens – ou vestidos –
mulheres – de tecidos bem originais, combinados com sapatos e acessórios
ocidentais que dão um look bem especial às ruas do país. As crianças, mais
ocidentalizadas, vestem camisetas – falsetas, evidentemente – de times de
futebol europeu, especialmente do ubíquo Barcelona.
Há muita luta para se preservar
a cultura lusófona agudá ou afro-brasileira, como também é conhecida e que
pertencem aos agudás, que são um dos 40 grupos étnicos que convivem no país da
costa da África Ocidental, onde são faladas 27 línguas e dialetos. A etnia, que
compõe cinco por cento da população do Benin, é formada pelos descendentes dos
escravos que regressaram do Brasil no século XIX, após conseguirem a liberdade,
para recomeçar a vida na África. Além dos antigos escravos, também fazem parte
deste grupo étnico os descendentes de portugueses e brasileiros e dos
traficantes de escravos que residiam na costa do Benin, uma das principais
saídas de navios negreiros para as Américas. A região, onde hoje se encontram
também Togo e Nigéria, era conhecida na época como Costa dos Escravos.
Acredita-se que vudun
(ou "voodoo", como é vulgarmente conhecido nos Estados Unidos) tem
origem no Benim e foi introduzido nas ilhas do Caribe e em partes da América do
Norte por escravos tomados desta área específica da Costa dos Escravos. A
religião indígena é praticada por cerca de 60% da população. Desde 1992 o vudun
tem sido reconhecido como uma das religiões oficiais do país e é comemorado em
10 de janeiro, como um feriado nacional, o Dia Nacional do Vudun.
É, na verdade, um país
muito pobre, mas esse fato faz com que os contrastes com nossa vida ‘normal’ dos
turistas e ‘viajeiros de plantão’ sejam um pouco chocantes. Por este e outros
motivos, muitos deles deixam Benin com a impressão de terem passado pela experiência
mais marcante de suas vidas. Entretanto há muito o que ver e fazer por lá: A
maioria dos turistas estrangeiros inicia sua visita no BENIN a partir de
Cotonou, a capital econômica onde se encontra o aeroporto internacional e de
onde pode ser organizada com facilidade deslocamentos em direção ao interior do
BENIN. Os turistas apreciam as vezes os restaurantes, os mercados e a vida
noturna em Cotonou.
Muito perto de Cotonou,
com a que divide o lago, fica a incrível Ganvié, uma cidade construída sobre a
água. Porém, o paralelismo com Veneza para por aí. As casas, de madeira
bastante precária, ficam em pé quase de milagre. 90% das pessoas vivem da pesca
no lago, que deve criar os peixes mais resistentes à sujeira do mundo, porque
na viagem de Cotonou a Ganvié você não deixar de ver todo tipo de lixo jogado
no lago. Na cidade flutuante pode se observar meninos e meninas pouco maiores
do que um bebê remando e pescando na pirogue.
É um povo muito forte em vários sentidos!
O Futebol é um dos
esportes mais populares do mundo, e é muito apreciado no Benim. Os principais
campeonatos de futebol disputados no país são: o Campeonato Beninense de
Futebol e a Copa do Benim de Futebol. Mas apesar da prática no país, os
principais jogadores desse esporte jogam em equipes estrangeiras. Fato esse
comprovado pela lista de atletas convocados para atuar pela seleção do país, onde
raramente encontra-se nomes de atletas que atuam no país.
A cooperação atual entre Brasil e Benim
abrange iniciativas em cultura, saúde, educação, agricultura e esporte. Em
1960, o Brasil reconheceu a independência do Daomé e, em 1961, foram
estabelecidas relações diplomáticas. Apesar da ligação histórica entre os dois
países, originada à época do tráfico negreiro, as relações bilaterais se
intensificariam na primeira década dos anos 2000. A Embaixada do Brasil em
Cotonou foi inaugurada em 2006, quando da visita do então Presidente Lula ao
Benim. Nesse mesmo ano abriu-se a Embaixada do Benim em Brasília.
Pessoa estimada dentro
do mundo empresarial do Rio de Janeiro, o empresário Cesar Augusto Maia, Cônsul
Honorário do Benin, teve participação bastante efetiva nessas relações: há
alguns anos, ajudou a Petrobras a comprar 50% do bloco de petróleo do país
africano. Também levaram empresas de ônibus para investir em transporte público
lá. Maia se dedica ao consulado, desde 2007 na Associação Comercial do Rio,
durante dois dias na semana (o Benin possui um segundo consulado honorário, em
Salvador, Bahia), além de ser Diretor Presidente do Instituto Latino Americano
para o Desenvolvimento Cultural, Social e Econômico e da Câmara de Comércio
Brasil-Benin. A Casa do Benin, situada em Salvador, é um dos mais importantes
espaços de propagação da cultura afro na Bahia e no Brasil. O lugar costuma receber
exposições temporárias de artistas locais e é vinculado à Fundação Gregório de
Matos (FGM). Vale a pena conhecer assim como se aventurar pelo Benin!
Serviço:
Embaixada
do Benin no Brasil (Inaugurada na quarta – feira, dia 15
de agosto de 2007 pelos Presidentes da República do BENIN e da República
Federativa do Brasil, Seus Excelentíssimos Doutor Boni YAYI e Senhor Luiz
Inácio Lula da Silva)
SHIS QI 09 Conjunto 11
Casa 24 - Lago Sul - CEP: 71625-110 - Brasília / DF
A Embaixada do BENIN em
Brasília funciona de segunda-feira à sexta-feira: das 09:00 às 12:30 e das
13:30 às 17:00
Telefones: 61-3263.2136
/ 61-3263.2183 / Fax: 61-3263.0739
E-mail:
ambabeninbrasilia@yahoo.fr
Consulado
Honorário do Benim no Rio de Janeiro
consulado.rj@benin.org.br
Endereço: Rua da
Candelária, 9, GR 803 – Centro - CEP 20091-020 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2253-2261 /
Fax: (21) 2263-2585
Thiago de Menezes:
Escritor e jornalista de turismo e consular. Presidente da FALASP – Federação
das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo. Membro da ACONBRAS –
Associação dos Cônsules Honorários no Brasil e diretor da AIERJ – Associação de
Imprensa do Estado do Rio de Janeiro.
Contato:
menezes.turismo@gmail.com
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