Quando Cristóvão
Colombo a descobriu, em 1494, descreveu-a como "a ilha mais bonita que os
meus olhos já viram".
Conhecida pelo rum,
pela filosofia rastafári, pela música de Bob Marley, pelos colibris ou pelos
resorts de luxo, que povoam os belos seus areais, a Jamaica é a terceira maior
ilha do Caribe e o país onde estereótipos dão bem o tom da realidade. Ao ser
mencionado, dizem que "ainda existem lugares no mundo onde os bem-vindos
excessos da natureza ainda não conheceram os indesejáveis excessos da indústria
do turismo." Pois bem, reggae, rasta, hemp e o famoso jargão “no problem”
estão presentes no dia-a-dia dos jamaicanos (e de muitos turistas também). Apesar
de ser uma pequena nação, a cultura jamaicana tem uma forte presença global.
O país encontra-se
entre as latitudes 17° e 19 ° N e as longitudes 76 ° e 79 ° W. Montanhas,
incluindo as Montanhas Azuis, que dominam o interior da ilha. Elas estão
cercadas por uma estreita planície costeira. Entre as principais cidades do
país estão a capital, Kingston, na costa sul, Portmore, Spanish Town (que tem a
catedral mais antiga das colônias britânicas no Caribe), Mandeville, Ocho Rios,
Port Antonio, Negril e Montego Bay, na costa norte. Entre os principais polos
turísticos jamaicanos estão Montego Bay, Negril, Port Antonio, Kingston e Blue
Mountains.
Outra atração
imperdível é a cidade de Ocho Rios e suas belas riquezas naturais. A Baía do
Descobrimento, as cachoeiras do Rio Dunn (Dunn's River Falls: Trata-se das
cataratas mais famosas da Jamaica. Essas cascatas vão caindo em direção ao mar
de uma altura máxima de 180 metros. É um dos lugares de visita obrigatória para
quem visita o país) e a Dolphin Cove são as grandes atrações locais. A ilha
dispõe de numerosos rios, em geral pequenos e não navegáveis.
Para os amantes do reggae, vale a pena reservar
um tempo e ir até Nine Miles, local onde Bob Marley, “rei do reggae”, nasceu e
que está a apenas duas horas de Ocho Rios. Na verdade, o reggae é um capítulo a
parte. Um ritmo musical conhecido mundialmente uma síntese rítmica e melódica
admirável, que sempre procurou mostrar ainda mais brilho nos poemas simples e
bem cantados. Uma mistura de ideias libertárias e cenas de romance, picardia de
rua com rasgos empolgados de adoração religiosa. A partir de 1972, a música
desses rapazes de cabelo grande começou a ganhar o mundo. E a Jamaica, que quase
ninguém sabia onde ficava virou vedete no mapa-múndi. Já
faz muito tempo, o turismo é a segunda maior fonte de riquezas do país, atrás
apenas da bauxita. Os cabeludos jamaicanos, outrora um problema para os agentes
de turismo, hoje são cartão-postal. Sabemos que Marley começou as suas
experiências musicais, ficando conhecido e famoso pelo estilo reggae, cujo
trabalho foi amplamente responsável pela aceitação cultural deste tipo de
música fora da Jamaica. Ainda hoje gostamos de ouvir a célebre “No Woman, No
Cry”, a canção com a qual, em 1975, ganhou fama internacional. Um mês antes da
sua morte aos 36 anos em 1981, ele foi distinguido com a Ordem de Mérito
jamaicana. Teve funeral digno de chefes de Estado.
As compras giram em
torno das camisetas, especialmente as inspiradas no reggae e em Bob Marley. Por
isso, se quiser bater o ‘reggaeman’ que existe em você -- encarnando Peter
Tosh, Jimmy Cliff ou o próprio Bob Marley -- há pelos cantos toda uma
parafernália em amarelo, vermelho e verde, de gorrinhos a camisetas, de perucas
com dreadlocks a cangas para saída de praia. Quem gosta de bebida alcoólica não
deve deixar de pesquisar por bons rótulos locais de rum. Dentre os mais conhecidos
estão marcas como Myers's e Wray and Nephew, encontrados tanto em supermercados
comuns como na loja tax-free do aeroporto. Ao turista, indico levar de lá
também uma garrafa do conhecido rum Appleton Gold ou do licor Tia Maria e,
claro, um pouco de café das Blue Mountains. As ervas, pimentas, curry, entre
muitas outras especiarias compõe essa tão saborosa e difundida culinária
jamaicana. O Coronation Market, em Kingston, embora um pouco confuso é o lugar
perfeito para adquirir alguns suvenires da cultura local. Ah, a moeda nacional
é o dólar jamaicano. Entretanto, as verdinhas americanas são galhardamente
aceitas em qualquer lugar, mesmo quando as contas vêm em dólares jamaicanos. Nas
feiras de artesanato, como as de Montego Bay e Ocho Rios, há pinturas,
esculturas em madeira e roupa muito originais, mas não se esqueça de regatear
sempre os preços. O regateio é uma prática muito usual. O turista encontrará
zonas comerciais, lojas de artesanato e de souvenirs em Kingston, Montego Bay,
Ocho Rios e Negril.
O clima é tropical e
a Jamaica pode ser visitada o ano todo, com as sempre recomendadas orações
durante os meses de agosto, setembro e outubro, período propício aos furacões.
Muita gente chega no início de agosto, quando acontecem os grandes festivais de
reggae, como o SumFest e o Sunsplash, com programações que duram até uma
semana. A temperatura média anual oscila entre os 23° e os 30° C na costa. Leve
roupa ligeira de algodão ou linho, fato de banho, muito protetor solar,
repelente de mosquitos, etc.
Descoberta por
Cristóvão Colombo em 1494 e ocupada inicialmente pelos espanhóis, a Jamaica foi
conquistada pelos ingleses (possessão confirmada de Madri em 1670). Historicamente
sabemos que Colombo reivindicou a Jamaica para a Espanha após sua chegada à
mesma, provavelmente em Porto Seco, agora chamado de Discovery Bay. Há algum
debate sobre o fato dele ter desembarcado em St. Ann Bay (batizada por ele de
"Santa Glória" como o primeiro avistamento de terra) ou em Discovery
Bay. Uma milha a oeste de St. Ann Bay é o local do primeiro assentamento
espanhol na ilha, conhecido como Sevilla, que foi criado em 1509 e abandonado
por volta de 1524 porque foi considerado insalubre. A capital foi transferida
para a cidade espanhola então chamada São Jago de la Vega, em torno de 1534 (na
atual St. Catherine).
Transformada em um
dos principais exportadores de açúcar produzindo mais de 77 mil toneladas por
ano entre 1820 e 1824 e grande centro de contrabando, a Jamaica constituiu, no
séc. XVIII, entroncamento das rotas do tráfico de escravos e beneficiou-se com
o afluxo maciço de mão-de-obra africana. Quando os britânicos capturaram a
Jamaica em 1655, os colonos espanhóis fugiram depois de libertar seus escravos.
Os escravos ficaram dispersos nas montanhas, juntando-se a quilombolas ou com
os que tinham anteriormente escapado dos espanhóis para viver com os taínos. Os
quilombolas jamaicanos combateram os britânicos durante o século XVIII. O nome
é usado ainda hoje por seus descendentes modernos. Durante os séculos de
escravidão, os quilombolas estabeleceram comunidades livres no interior
montanhoso da Jamaica, onde eles mantiveram a sua liberdade e independência por
gerações.
Após as guerras
napoleônicas, a ilha lucrou com derrocada econômica de São Domingos, mas passou
a sofrer a concorrência de Cuba e das Guianas. A abolição da escravatura (1833)
e dos privilégios aduaneiros jamaicanos (1846) acabou de arruinar os
plantadores e provocou intensa emigração para Cuba e para os EUA. Após 1870, a
introdução da cultura da banana fez-se acompanhar pela implantação de grandes
companhias estrangeiras como a United Fruit. Uma Constituição foi outorgada em
1884, mas a Jamaica continuou nas mãos dos proprietários brancos. Foi, contudo,
um branco, Alexander Bustamente, que a partir de 1930, tornou-se o primeiro
líder populista jamaicano, aliado a seu primo Norman W. Manley.
A constituição de
1953 deu à ilha um governo independente e, em 1962, a Jamaica saiu da federação
e assumiu a plena independência, embora tenha permanecido como membro da
Commonwealt, exaltando suas origens, a negritude e a africanidade. É fato que ao
longo dos anos que se seguiram, o grau de autonomia da Jamaica foi aumentando
e, em 1958, a Jamaica passou a ser uma província de uma nação independente
chamada Federação das Índias Ocidentais. A Jamaica é hoje uma nação soberana.
A Jamaica possui
muitos bons resorts, hotéis e até albergues bastante simpáticos, geralmente com
piscinas grandonas. Se não fosse pelo reggae que nunca para de tocar, o turista
não sabe dizer se está em Montego Bay, Cancún ou Bahia.
O cristianismo é a
maior religião praticada na Jamaica e o movimento rastafári tem cerca de 26 mil
adeptos, de acordo com os últimos censos. Valorizam a literatura e a cultura
popular dentre a sociedade jamaicana. O escritor Ian Fleming, que viveu na
Jamaica, usou repetidamente a ilha como uma configuração em seus romances de
James Bond, incluindo Live and Let Die, Dr. No, For Your Eyes Only, The Man
with the Golden Gun e Octopussy and The Living Daylights. Além disso, James
Bond usa uma cobertura baseada na Jamaica em Casino Royale. Até agora, a única
adaptação cinematográfica de James Bond que foi definida na Jamaica foi Dr. No.
As filmagens para a ilha fictícia de San Monique em Live and Let Die ocorreram
na Jamaica. O também famoso jornalista e escritor H. G. de Lisser (1878-1944)
usou seu país natal como cenário para muitos de seus romances. Nascido em
Falmouth, de Lisser trabalhou como repórter para o Jamaica Times quando jovem e
em 1920 começou a publicar a revista Planter's Punch. The White Witch of
Rosehall é um de seus romances mais conhecidos. Ele foi nomeado Presidente
Honorário da Associação de Imprensa da Jamaica; ele trabalhou ao longo de sua
carreira profissional para promover a indústria jamaicana de açúcar.
Mas, não há voos
diretos do Brasil para a Jamaica. É preciso fazer conexões nos Estados Unidos,
pela American Airlines, ou no Panamá, pela Copa Airlines, para chegar em
Kingston. A Air Jamaica (caribbean-airlines.com) possui conexões com Nassau
(Bahamas) e Miami e Orlando (Estados Unidos) para destinos como Montego Bay e
Kingston.
Cônsul Honorária da Jamaica Dra. Maria Pia Bastos-Tigre Buchheim
Há, no Brasil, o Consulado
Honorário da Jamaica cuja jurisdição
abrange Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São
Paulo, sendo que o atendimento consular é feito exclusivamente na sede do Rio
de Janeiro. O Consulado funciona na Av. Rio Branco, 99 - 9º andar (Centro) - Rio
de Janeiro - RJ – Cep: 20040-004. Tel.: +55 21 2122-8464 e Fax: +55 21
2253-4382. A Cônsul Honorária é a Sra. Maria Pia Bastos-Tigre Buchheim, atuante
advogada do notório Escritório de Advocacia Bastos-Tigre, Coelho da Rocha e
Lopes Advogados, sendo, ainda, bisneta do ilustre literato Manuel Bastos Tigre,
considerado o primeiro bibliotecário por concurso brasileiro. É de se ressaltar
que no Brasil, o Dia do Bibliotecário foi instituído pelo decreto 84.631/80, a
ser comemorado em todo o território nacional a 12 de março, data do nascimento
de Bastos Tigre em Recife/PE. A Cônsul Maria Pia, ainda integra a Ordem dos
Advogados do Brasil (Estados de São Paulo e Rio de Janeiro) e é membro do
Instituto Pro-Bono e do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.
Na qualidade de Diretor
Cultural da Caribbean Community (CARICOM) e membro da ACONBRAS – Associação dos
Cônsules no Brasil, entidades sediadas respectivamente no Rio de Janeiro e em
São Paulo, sei que o ‘Dia Mundial do Turismo’ é comemorado anualmente em 27 de
setembro Essa data foi escolhida em 1970, quando os Estatutos da Organização
Mundial do Turismo das Nações Unidas (UNWTO), foram adotados. A adoção destes
Estatutos é considerado um marco no turismo global. O objetivo deste dia é
aumentar a consciência sobre o papel do turismo no seio da comunidade internacional
e para demonstrar como isso afeta valores sociais, culturais, políticas e
econômicas em todo o mundo. Sabemos que a Jamaica atrai milhões de turistas por
suas paisagens exuberantes e uma infraestrutura que oferece bons hotéis,
balneários litorâneos e eficiente sistema de transportes e comunicações. Até
algum tempo atrás, a Jamaica era um dos países que mais investia no turismo.
Porém, com a crise econômica, o serviço piorou. Mas, estamos abraçados com a
CARICOM e suas Câmaras de Comércio e os Consulados delas derivados, para
abraçar essa causa da divulgação do turismo jamaicano em países da língua
lusófona. Saudamos então, esse país da América Central que ocupa a ilha
homônima nas Grandes Antilhas, enaltecendo sua cultura e diversidade étnica que
enriqueceu o solo jamaicano projetando-o num cenário internacional com muitos
atrativos e cada uma com um encanto peculiar. Visit Jamaica Now!
Thiago de Menezes:
Escritor e Jornalista de turismo. Membro da AIERJ – Associação de Imprensa do
Estado do Rio de Janeiro e Diretor Cultural da Câmara de Comércio, Indústria e
Turismo Brasil The Bahamas.
Contato - Twitter: @thiag_menezes – E-mail: menezes.turismo@gmail.com
(FOTOS: Divulgação)
Obs: Informações gerais sobre Jamaica (para brasileiros)
- www.cabinet.gov.jm
- 2.751.000 hab
- +1
- -4h (horário de Brasília)
- América Central
- Dólar jamaicano
- Não é necessário
www.consuladodajamaica.com.br
Embaixada do Brasil na Jamaica:
Endereço
Pan
Caribbean Building
10th floor
60
Knustford Boulevard
Kingston 5,
Jamaica
Contato (Geral)
Tel.: (1876) 929-8607/8608
Fax.: (1876) 968-5897
Embaixador
Tel.: (1876) 929-8611
E-mail
brasking@infochan.com
brasking@infochan.com |
Nenhum comentário:
Postar um comentário